Apesar dos extensos conteúdos dos livros que li, o que tenho
de bom a indicar para vocês são dois pequenos livretos. “Cantando ao Senhor” de
Lloyd Jones e “Adoração” de J. C. Ryle. Parece até proposital que livros
simples sejam os melhores, e que nos exortam a uma adoração simples.
“Cantando ao Senhor” é uma exposição do capítulo 3 de
Colossenses, que possui o conhecido versículo “A palavra de Cristo habite em
vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns
aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com
graça em vosso coração.” (verso 16). Lloyd Jones afirma que não devemos fazer
interpretação deste texto, lendo-o de forma desintegrada do restante do
capítulo. Veja que seu contexto é a história da vida de quem se converteu. Paulo
mostra os dois lados de uma vida, como você vivia antes, e como você procede a
partir de agora. É como observar a vida de alguém que vivia sobre influência do
álcool, que vivia antes para sua vontade, celebrava as coisas da carne, com
gente que vivia na carne, mas agora celebra, canta cânticos e hinos por um novo
motivo. É uma maneira de vida, e o louvor é uma expressão diária dessa alegria
“Adoração –
Prioridade, Princípios e Prática” explora mais a qualidade da adoração
coletiva. E é aqui que, geralmente, torna-se um campo de guerra entre cristãos,
porque envolve o como fazer. Bem... este livro ensina os princípios, não é uma
fórmula de remédio manipulado.
“Certamente, a natureza, a razão e o bom senso devem
ensinar-nos que há uma maneira e um comportamento convenientes ao homem mortal
quando este se aproxima do Criador todo poderoso.” (pg 22).
É um bom princípio, mas é necessário que você tenha uma
teologia bíblica e racional, para afirmar que tem bom senso. Caso contrário,
ofenderá ao Senhor com suas invenções que você chama de “adoração”.
Outro princípio relevante é sobre aquilo que apresentamos ao
Senhor. Há hoje igrejas que têm superproduções, cultos suntuosos, com todo tipo
de ornamentação. Pensemos na Ceia, como exemplo, o Senhor usa coisas simples, é
um pão e um vinho. Veja o Batismo, é simplesmente água “[...]e disse o eunuco:
Eis aqui água; que impede que eu seja batizado?” Atos 8:36. As coisas simples
usadas por Jesus dão lugar ao que de fato tem que brilhar, a essência da
mensagem. Da mesma forma o excesso de ornamentos pode distrair o homem, e o que
mais o Senhor deseja, que é o coração, está muito distante, viajando em alguma
emoção.
Este é um tema para os nossos tempos, em meio a tanta
confusão, recomendo que você esteja bem fundamentado.
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